Uma
bela surpresa em minha rápida passagem pelo Rio semana passada. Murillo
Azevedo, o diretor de “Roneck 80” (título provisório), documentário sobre a
trajetória do meu escreviver, combinou um jantar na Fiorentina, agora em
Ipanema. Mal Patrícia e eu chegamos, fomos recebidos por vários poetas,
amigos/as, meus filhos e mais o maître e funcionários. Eles nos levaram para
dentro do restaurante, diretamente para uma das pilastras, aquelas tradicionais
pilastras da Fiorentina com assinaturas de vários “famosos” & quejandos.
Foi
quando o maître me passou uma caneta e pediu que eu colocasse meu nome na
pilastra. Ainda emocionado, caprichei minha assinatura com a “velha esquerda”
(mão que me posiciona desde criancinha), ao lado de Maurício de Souza, Boechat,
Nara Leão, Nelson Motta, Ayrton Senna e outros menos votados – agora para
sempre meus vizinhos.
Frequento
a Fiorentina desde quando morei no Leme na década de 1960. Ter meu nome ali
numa daquelas tradicionais pilastras é mais que a glória – é a “firma
reconhecida” do velho boêmio. Era a noite do 25 de abril. Com a devida licença
do Chico Buarque (que também ali está entronizado numa das pilastras), foi
bonita a festa, pá!
Foram
três tempos de agito na noite carioca. Fora a Fiorentina, na véspera houve a
Balbúrdia Poética no Bar do Ernesto, na Lapa – quando falei meu mais novo
poema, “Arnesto os convidou”, em homenagem a Leminski e Torquato, reproduzido
no final deste texto. Na noite de sexta-feira, voltamos à Lapa para assistir ao
ótimo espetáculo “Ópera das Malandras”, do Tá na Rua. Trinta anos depois,
reencontrei o criador do grupo, o diretor teatral e meu amigo Amir Haddad.
Disse
pra ele que continuava achando o Tá na Rua com uma estética “carnavalesca”, semelhante
à do Oficina. E Amir voltou a me dizer o que me dissera trinta anos atrás: “fui
um dos fundadores do Oficina, mas vim pro Rio porque São Paulo era muito
pequena pra mim e pro Zé Celso juntos”.
No link a seguir, o vídeo “EnCenadores”, que
realizei no CCBB/Rio em 1992. Amir é um dos entrevistados, junto com Bia Lessa
Gerald Thomas, Gsbirel Villela, Moacyr Góes.
Link para o vídeo:
Fim de noite
Na foto a seguir, o fim de todas essas noitadas cariocas, na madrugada de um boteco de Botafogo: Patrícia, a atriz Marcela Giannini, o poeta e performer Sady Bianchin, eu e o poeta Artur Gomes, criador da Balbúrdia PoÉtica.
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