No último dia 26 de novembro,
em Roma, com a morte do cineasta italiano Bernardo Bertolucci, morreu também um
pouco do cinema de arte mundial. Bertolucci era um dos últimos mestres da era
de ouro do cinema e sua morte me remete agora a uma série de
entrevistas que minha amiga (e também sua conterrânea) Andrea Muncini e eu
fizemos nos anos 1990 para o Caderno 2 d´O
Estado de São Paulo, focalizando várias personalidades do cinema italiano.
Era assim: nós dois estruturávamos um roteiro, Andrea voava pra Itália, fazia
as entrevistas como havíamos programado, e já no Rio eu traduzia, editava o
material e escrevia um texto de abertura. A primeira entrevista foi exatamente
com Bernardo Bertolucci, de quem Andrea fora assistente. Em homenagem ao
cineasta recém-falecido, ela vai republicada a seguir.
BERNARDO
BERTOLUCCI
A
esperança mantém viva a utopia
Por Maria Andrea
Muncini
& Ronaldo
Werneck
Nunca na história do cinema um
diretor italiano foi premiado em Hollywood com tantos Oscars: nove de uma só vez.
Na noite do dia 12 de abril de 1988 Bernardo Bertolucci finalmente se
consagrava em nível internacional com a produção independente do filme O Último
Imperador, quebrando assim a hegemonia norte-americana.
Hoje Bertolucci continua
encantando com seus filmes, que rompem com o modelo violência-sexo-ação made in Hollywood, repropondo e
visualizando sentimentos que misturam o real com o irreal, o sonho com a vida,
a esperança com os fatos. Enfim, um conjunto de sensações que, segundo
Jefferson Kline, professor da Boston University, “fazem com que a obra de
Bertolucci seja tão repleta de símbolos e significados que cada filme retoma a
leitura crítica do indivíduo e do seu ambiente”,
A partir de 1981, ele optou
pelo “exílio” por não encontrar na Itália a devida compreensão artística,
sobretudo por parte dos produtores. Paris, Londres, Nova York, depois a China,
o Nepal, a Índia, os países da África do Norte foram suas novas pátrias e,
também, o local de inspiração para realizar suas grandes obras-primas.
De novo na Itália, Bertolucci
acredita agora que este é o momento para realizar o seu grande projeto Novecento Ato III, transportando para a
tela a realidade italiana de 1945 até os nossos dias. É o que ele afirma a
Maria Andrea Muncini, que o encontrou em sua casa romana, no Trastevere, onde
foi gravada esta entrevista. Aqui Bertolucci analisa o passado e o seu futuro e
fala de seu novo filme feito na Itália, Stealing
Beauty/Beleza Roubada, que traz
novamente Stefania Sandrelli, com quem já trabalhara em O Conformista.
Corrupção &
cinismo
Maria Andrea
Muncini – Por que muitos de seus filmes foram rodados
fora da Itália? O que o levou tão
longe?
Bernardo
Bertolucci – No início dos anos 80, depois que
rodei Tragédia de um Homem Ridículo, onde tentava mostrar o meu aturdimento com
relação a tudo que estava acontecendo em meu país – a confusão geral, a
confusão de valores –, cheguei à conclusão de que a atmosfera que se respirava
na Itália era uma atmosfera de corrupção e de cinismo. O cinismo é algo sobre o
qual eu não sei reagir. É alguma coisa que me desarma completamente. Na frente
dos cínicos perco a energia, a força, os meus instrumentos dialéticos. Esse cinismo italiano andava junto com a
corrupção. Deve-se notar que eram os anos daquele que foi chamado o grande boom
econômico da Itália, os anos 80, caracterizados por um grande consumismo, em
que foram inventados novos termos, como megagalático
ou alla grande. Lembro-me que quando O
Último Imperador ganhou todos aqueles
Oscars voltei para a Itália e as pessoas me paravam na rua e diziam “Vai alla grande, Bertolucci!”. Resumindo,
pensava que a realidade italiana que eu havia sempre focalizado era uma
realidade que não mais desejava filmar. Assim eu pude ir tranquilamente à
China, o mais longe possível da Itália, para fazer alguma coisa que me fizesse
esquecer o clima de impotência que existia em meu país. Quando este contexto
explodiu em toda a sua dramaticidade com Tangentopoli
(“cidade da propina”) e os processos dos Mani
Pulite (“mãos limpas”), eu voltei a ter esperança na Itália, porque senti
que o país estava mudando e este contexto provocava um certo exame de
consciência em todos os italianos.
MAM
– O seu último filme, em fase de
acabamento, reflete essas suas esperanças?
BB
– O processo das “mãos limpas” não
determinou mudanças substanciais, e essa espécie de catarse nacional não se concretizou.
Fui apanhado de surpresa, porque voltei para a Itália esperando uma mudança que
na realidade não aconteceu. Decidi agora fazer esse filme na Itália, onde tento
recolocar os pés no meu país como uma criança que começa a caminhar, porque foram
quase 15 anos de ausência, de 1981 a 1995. Assim, resolvi contar essa história,
que se passa em uma colina da Toscana, numa mansão habitada por um grupo muito
cosmopolita. A casa pertence a um pintor e escultor inglês e nela se encontram
sua mulher, sua família e alguns amigos: italianos, ingleses, um personagem chamado
Sciamaré, que é francês (Jean Marais),
e a protagonista, Lucy, vivida no
filme pela americana Lyv Tyler. Coloquei todos esses personagens no filme
porque me agradava essa espécie de esteticismo extremo, esse amor pela beleza
da Toscana que os estrangeiros têm mais do que nós, porque existe na beleza uma
espécie de sublimação.
MAM
– Hoje existem as condições necessárias
para rodar Novecento Ato III?
BB –
Gostaria muito de realizar Novecento
Ato III para entender como foi possível chegarmos ao fim do milênio nesse
estado de confusão coletiva. Caiu o Muro de Berlim e é justo que ele tenha
caído porque através dele muita gente sofria. Hoje na Itália estamos esperando
para ver quem entre os governantes de ontem vai ser acusado amanhã. Enfim, todo
o conjunto de relações políticas, históricas e até humanas está em contínua
evolução, acabando com as utopias e criando novas certezas. Não quero estender
essas sensações aos outros: cada um deve senti-las à sua maneira. Mas,
pessoalmente, senti-me privado do grande privilégio que eu sempre tivera na
minha vida e sobre o qual havia construído alguns filmes: o de poder sonhar e
viver a utopia.
MAM –
Então Novecento Ato III corre o risco de ser um filme realista sem
propostas de esperanças para o futuro?
BB
– É a esperança que mantém as
utopias vivas. Por outro lado, realizar Novecento
Ato III significa falar da política italiana nos últimos dez anos e por
isso será preciso dar nomes. Será um filme que necessitará de um exército de
advogados que vão falar o que pode ou não ser dito. Confesso que não me
desagradaria começar o novo filme onde terminava o anterior, que nos primeiros
anos da década de 50 houvesse ainda a dialética Olmo/Alfredo, Depardieu/De
Niro. Gostaria também de trabalhar com atores novos como novos foram os tempos
que vieram depois. Existe ainda um projeto sobre um livro de André Malraux, “A
Condição Humana”. É uma história passada em Xangai, em 1927, ano em que ocorre
uma revolta sufocada com muito sangue por Chiang-Kai-Shek. É um livro
belíssimo. Ainda não sei se vou conseguir obter os direitos de filmagem, nem se
estou completamente convencido de que seja justo fazer um filme a partir de um
livro tão denso. São livros belíssimos e talvez seja justo que continuem sendo
isso: livros belíssimos que não deveriam se transformar em filmes, como os de
Proust, por exemplo. Existem outros
livros que talvez não sejam tão belos, mas que são muito estimulantes como
argumento para um filme.
MAM
– Em seu último filme, não aparece Vittorio Storaro, o seu habitual
diretor de fotografia. Por que essa mudança?
BB
– Stealing Beauty/ Beleza Roubada, o filme que estou terminando
de montar no momento, não foi fotografado por Storaro, como quase todos os meus
filmes, e sim por Darius Khondji, que é um jovem fotógrafo francês de origem iraniana.
Ele fez La Cité des Enfants Perdus,
que foi lançado no Festival de Cannes, e um filme que na América é um grande
sucesso, chamado Seven, como os sete
pecados capitais, estrelado por Brad Pitt e Morgan Freeman (filme lançado
recentemente no Brasil, com o título de Os Sete Crimes Capitais). Havia
combinado com Storaro, desde a época de O Pequeno Buda, que era hora de nós dois tirarmos umas férias. Isso já tinha acontecido
na época de A Tragédia de um Homem Ridículo,
filme que fiz com Carlo di Palma. Achamos que era bom para nós dois
respirarmos atmosferas diferentes, termos diferentes colaboradores. Talvez
estivéssemos juntos há muito tempo. Era hora de umas pequenas férias. Estou
certo de que o meu próximo filme será feito com Storaro. O que quero deixar bem
claro é que foi um acordo recíproco. Não fui eu “quem deixou” Storaro, como se
fala em uma relação amorosa. Talvez tenha sido apenas uma pequena traição, mas espero
trabalhar com ele em breve.
Com a morte de
Fellini, destaco Antonioni
MAM
– Renoir, Godard e a nouvelle vague foram os grandes amores
cinematográficos de sua juventude. Quais são agora os diretores que você vê com
maior atenção e com os quais sente maior afinidade?
BB
– À exceção de Renoir, os diretores que eu mais admirava não foram
particularmente aqueles que de alguma maneira influenciaram meu modo de
trabalhar. Alguns autores e diretores me agradavam exatamente por serem
diferentes e estarem distantes de mim mesmo. É comum gostarmos do que nos é
diferente. Eu sempre amei o diferente em geral. Sempre tive uma tendência para
atrair o diferente, em vez de afastá-lo. Dos diretores que nesse momento mais
me interessam, já que, com a morte de Fellini, praticamente acabaram-se os
grandes mestres, destaco apenas o grande Antonioni, que acaba de nos dar um
novo filme, na minha opinião extraordinário e também muito imprevisível, dada a
sua situação física. Antonioni não pode falar, mas mesmo assim fez um filme
que, após tantos anos, lembra muito – por seus valores visuais e narrativos –
aquele que para mim é o seu período mais extraordinário, o que vai de O Grito
até O Deserto Vermelho. O Grito, A Aventura, A Noite, O Eclipse, O Deserto
Vermelho. É como se, com este novo filme, Michelangelo houvesse fechado um
ciclo, voltando à sua Ferrara e a esses teoremas existenciais que eu tanto
amara e que tanto ensinaram ao cinema de todo o mundo. Entre os jovens
diretores de hoje os que mais me chamaram a atenção foram Quentin Tarantino e
David Lynch. Misteriosamente, gosto muito de Abbas Kiarostami, um jovem diretor
iraniano. Misteriosamente, porque até hoje não vi sequer um de seus filmes.
Mesmo agonizando, o cinema ainda mostra alguma coisa de interessante.
Beleza à luz da
fogueira
MAM
– Em algum momento, você chegou a ser influenciado pelo trabalho de sua
mulher, Clare Peploe, como diretora? Por acaso, o “lado feminino” de Bernardo
já se revelou em seu trabalho?
BB
– Clare sempre colaborou um pouco
comigo. Fizemos juntos Novecento. Em La Luna, ela colaborou comigo e Giuseppe
Bertolucci no argumento e no roteiro, sendo também a primeira assistente de
direção. Uma colaboração muito estreita. Depois começou a fazer o seu cinema, e
se distanciou um pouquinho. Acredito que ela tenha absorvido muito de mim. Na
minha opinião, em seu último trabalho, Rough
Magic, ela realizou um filme que por
sua escritura cinematográfica, isto é, pelo movimento, pela mise-en-scène, pela percepção do espaço,
por sua própria arquitetura, a câmera
participa do balé dos protagonistas como
se fosse um personagem a mais. Particularmente neste filme creio que Clare tenha pego algumas coisas minhas e que exista uma
certa influência. Por outro lado, sou influenciado, e muito, por ela. Não tanto
por seu cinema, que só agora começa a existir, mas sim por sua personalidade,
por suas ideias. Nesse último filme que fizemos, ela não pôde ficar muito na
Toscana. Mas, no pouco que ficou, consegui extrair dela algumas ideias. Por
exemplo, não sabia como iluminar a última cena do filme, onde a jovem
protagonista, Lucy, a garotinha americana, faz amor pela primeira vez com um
garoto italiano. Era de noite, embaixo de uma árvore. “Como iluminaremos”?
Tentamos uma luz lunar, um day by night,
aquilo que chamamos de “noite americana”. Mas nada me satisfazia. Clare me deu
então uma ideia genial: acender uma fogueira, que produziu uma luz muito
sensual e também muito dramática, porque oscilava intermitentemente. Uma luz
imprevisível, um pouco selvagem, como é a luz do fogo. Os corpos mergulhavam na
escuridão e retornavam na luz quente do fogo, num constante vaivém. Foi realmente uma ideia genial. Enfim, nós
nos ajudamos mutuamente. Eu acredito que o meu lado feminino seja muito forte,
tão forte que, como já passei dos 50 anos, estou esperando agora que ele entre
na menopausa.
A perda atroz de
Pasolini
MAM – Pier Paolo Pasolini é um de
seus mitos. O que você achou do filme de Marco Tulio Giordana apresentado no
último Festival de Veneza?
BB
– Pasolini, un Delitto Italiano é um filme que começa de um modo um
pouco “menor”. Um pouco como uma coisa televisiva, metade ficção, metade
documentário. De repente, torna-se um filme extraordinário, porque nos faz
entrar em um sentimento de perda atroz de Pasolini. Toda a segunda parte do
filme nos faz sentir como Pasolini foi arrancado da gente. De como foi sufocada
aquela voz única que gritava tão forte. Essa sensação de perda, de falta, é
fortíssima na segunda parte do filme de Marco Tulio Giordana. Nesse sentido,
acho que é um filme que se deve apreciar muito. Se Pier Paolo estivesse hoje
aqui, não sei o que aconteceria. No entanto, ele gostava de se contradizer e
também surpreender. Na minha opinião, Pier Paolo teria surpreendido todo mundo,
porque não teria se limitado a falar da miséria dos nossos dias. Ele era um
profeta, e nós vimos isso quando de sua morte, em 2 de novembro de 75, vinte
anos atrás. Naquele ano, saiu no Corriere
della Sera uma série de artigos que, se não me engano, foram publicados com
o nome de “Escritos Corsários”, onde ele diz tudo aquilo que vai ocorrer nos
próximos vinte anos. Podemos ver agora que ele não se enganou. Era certamente
um profeta. Se estivesse aqui hoje, ele falaria do futuro, porque também era um
grande utopista, falaria o que se poderia fazer para se sair dessa horrível,
autoritária, ditatorial imposição de uma única cultura no mundo. Porque hoje em dia só nos chega a cultura da
televisão, que é 90% americana. No mundo só se fala inglês.
A música e os
atores
MAM
– As trilhas musicais de seus filmes,
realizadas por grandes nomes como Ryuichi Sakamoto, David Byrne e Ennio
Morricone, são um elemento complementar ou fundamental?
BB
– A colocação da música foi sempre
um momento de grande importância na feitura de meus filmes, talvez um dos mais
importantes. Amo a música, tenho uma natureza musical. Sempre sonhei em fazer
um musical como os americanos faziam em Hollywood nos velhos tempos. Cada vez
que faço um filme penso que é um musical – mas sem música. Assim, substituo o
ritmo musical pelos movimentos da câmera em travelling, na grua etc. Em meus
filmes, a musicalidade está nas imagens, não no som. Estou sempre próximo dos
músicos no momento da realização da trilha sonora, como por exemplo de Ryuichi Sakamoto
quando da criação das músicas de O céu que nos protege, O Pequeno Buda e também dele, Sakamoto, e de David
Byrne para O Último Imperador, ou
ainda de Ennio Morricone na feitura de Novecento
– porque eu queria que a música fosse mesmo de tradição italiana, contendo toda
a carga épica, operística. Em Novecento,
era também muito forte a presença das canções populares italianas – e eu estive
sempre ao lado do grande Ennio na escolha dessas músicas. Para o último filme,
em fase de montagem, sei que deverão existir canções de adolescentes, pois
trata-se da história de uma jovem americana que chega à Toscana adolescente e
volta mulher, após perder a virgindade É uma viagem rápida, de iniciação ao
sexo e à vida em geral. Ela possui um walkman e escuta muito rock’n’roll,
sobretudo de mulheres como Courtney Love e Kate Bush. Haverá um comentário
musical que serve como ligação entre todas as canções que estarão no filme.
Estou sempre atento a cada um dos passos e compassos dos músicos de meus
filmes.
MAM
– Com todos os atores de seus filmes você criou uma relação que faz
explodir a personalidade artística deles. Como foi com Marlon Brando?
BB
– O importante para mim é conseguir
captar os profundos segredos dos atores. Aqueles segredos que eles não utilizam
em sua arte profissional. Procuro sempre provocar nos atores reações que não
sejam necessariamente ligadas à coerência do personagem que estão
interpretando. Peço-lhes que invistam em alguma coisa fora do universo de seu personagem.
O que eu quero é que me deem sua própria verdade, pois são eles que estão na
frente da câmera e não o personagem escrito no roteiro. O cinema quer a verdade, pois nele a mentira
é imediatamente descoberta. O que eu
tentei fazer com cada um de meus atores, até mesmo com Marlon Brando, foi
procurar enriquecer o personagem do roteiro com alguma coisa da vida do próprio
ator. Quis que Marlon transferisse para O Último Tango em Paris alguma coisa de sua própria
sensibilidade. Assim surgiu um Marlon Brando que vocês nunca haviam visto antes
e que só se realiza naquele filme, um Marlon Brando que se soltou na frente de
minha câmera, liberando as verdades que sempre escondera de todos. Nos meus
filmes, o relacionamento com os atores se baseia na minha possibilidade de
conseguir arrancar esses segredos e, no final, misturar o personagem escrito no
roteiro com o personagem que realmente existe em cada um deles.
Texto
& tradução de Ronaldo Werneck
2 comentários:
Maravilha de entrevista. Traz muito o pensamento de Bertolucci e a suavidade do Bernardo que amo al di la de la vita. Senti falta de uma pergunta sobre as suas "Brazilian Connections", que eram muitissimas. Parabens pelo registro, ele deve ter se sentido muito confortavel com a presenca de dois entrevistadores congniscenti. Desde Domingo , estou impregnado de Bernardo, que era um vero fratello del cuore. Aprecio tambem a morte anunciada do cinema de arte como o conhecemos na segunda idade de ouro do cinema, que comecou no pos-geurra com Rossellini. Com efeito, e uma tragedia que ocorre com a evolucao dos meios de comunicacao, as novas tecnologias, o imediatismo das redes sociais. O ceu, o sol e a terra sao testemunha disso, e as versoes digitais do que se produz hoje em dia seu corolario.
Bella intervista, Ronaldo. Eu li algumas no Estadão, passadas pra Moura, que é doente por cinema. E tive o prazer de conhecer Maria Andrea aqui, no Cineport. Até fiz um favorzinho a ela, resumindo biografias de cineastas brasileiros, que ela deve ter traduzido e mandado pra Itália. No último encontro aqui, ela disse: "Prima da partire, io và telefonare". E não telefonou, acontece.
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